sexta-feira, 9 de janeiro de 2009


A HORA DO SINTOMA



O movimento do adoecimento no corpo depende, em muito, da relação entre o que vibra da Pessoa – nossa estrutura emocional, psíquica, de sensibilidade e espiritual – e o que pertence à Personalidade – nosso veículo de expressão.

Os sintomas surgem a partir das dificuldades de conciliação ou dos embates entre a Pessoa, que deseja expressão e quer a experienciação do que sente e impulsiona. O corpo desenvolve, no sintoma, o padrão de linguagem que, com maior facilidade e rapidez, informe sobre a discordâncias entre o nosso interno que quer e a parte nossa que faz.

O horário de manifestação dos sintomas conta sobre os pensamentos e atitudes que originam a quebra do movimento harmônico ente a Pessoa e a Personalidade.


MANIFESTAÇÕES CONTÍNUAS
As manifestações contínuas pretendem estimular o posicionamento, a opinião, as reações e escolhas. Acontecem quando há domínio do silêncio e do estado de passividade frente às dificuldades vividas.

Estas manifestações afirmam que o indivíduo permaneceu tolhido por tempo excessivo, se manteve sem demonstrar seus propósitos ou protestos, mostrou aparente receptividade, e vive a oportunidade de resgatar autenticidade.

Ao sintomas contínuos ressaltam o pedido interno de que se concentre esforços na conquista e apropriação da liberdade para ser e estar segundo o modo próprio de ver, de sentir, de pensar e decidir.

MANIFESTAÇÕES NOTURNAS
Estes sintomas afirmam que o indivíduo mantém-se sob policiamento, preso ao compromisso de validar e cumprir as regras próprias ou do ambiente.

Contam que boa parte dos impulsos de demonstração ou partilha dos desejos, das emoções e sentimentos, das limitações e conflitos vividos ao longo do dia são invalidados ou conscientemente freados. Incentivam o resgate e o uso do direito de agir segundo a própria determinação.

MANIFESTAÇÕES MATUTINAS
As manifestações predominantemente matutinas resultam da prática abusiva do “fazer sem querer”. Clamam pela revisão do porquê de se manter performances, pensamentos, posturas, funções ou compromissos que, sabidamente, não são desejados ou aceitos, e muito menos combinam com os propósitos, sonhos, e objetivos internos.

Os sintomas matutinos informam que a vida como está sendo vivida não satisfaz, não alimenta, impõe obrigatoriedades e inibe a disposição para o prazer.

Alertam pra o risco de incorporação do sentimento de que a vida é penosa, limitante, constituída de pouca ou nenhuma graça.


MANIFESTAÇÕES VESPERTINAS
As manifestações predominantemente vespertinas avisam que é excessiva a distância entre o que se planeja e o que se consegue fazer, ou entre o que se almeja e o que se faz.

O sofrimento vespertinos nascem da tristeza de se ver irrealizado, querendo e não conseguindo, fazendo mas não formatando, vivendo e não se sentindo.

Estas manifestações, alimentadas pela crença de que os sonhos não podem ser materializados, estimulam a mudança da forma de se relacionar com a vida. Em geral, acompanham o estado de frustração ou de decepção consigo.

MANIFESTAÇÕES DIURNAS
Surgem para assinalar que é evidente o impulso e a necessidade de alterar comportamentos, que é intenso o desejo de mudança, conhecido o que se quer mudar, mas que é dominante o mede de transformar.

Os sintomas que surgem no decorrer do doa sinalizam que o adoecimento serve, principalmente, à exoneração de dúvidas e inseguranças; que o processo pode ser rapidamente resolvido quando se fizer uso da confiança em si e do poder e direito pessoal de decisão.

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